Finda a Semana Farroupilha das andanças, peleias culturais e ações para não deixar a data sem lembrança na cidade, eu compartilho algumas observações de ordem estritamente pessoais sobre a nossa participação como cidade, como agente cultural, como cidadão e como pessoa. E gostaria que vocês opinassem sim. Usassem esta rede social, para discussão mesmo sobre este assunto cultural.
01 – Devemos
sim para todas as outras cidades dos estados e da região, não pela realização
de eventos relacionados ao tema, mais principalmente pela não conexão entre as entidades
promotores, produtores enfim. Cito os eventos: Show Batismo de Fogo no SESC
entrada franca, comemoração e palestra para convidados da Maçonaria, Jantar do
Dia do Gaúcho do CAF Garrão de Potro, Baile Farroupilha no Barracão Eventos,
Noite Farroupilha no Bistrô, etc. eventos aconteceram uns com mais público
outros com quase ninguém. Então para mim faltou estímulo sim. Não vi e gostaria
que acrescentassem os eventos dos CTG´s de Lages (artísticos e campeiros) a
este post até para divulgarem seus trabalhos.
02 – Eventos
fora de Lages estão articulados em associações, tem investimento público, tem
forte investimento privado, não há acampamento farroupilha amador que se
consolide e na maioria dos casos Rio Grandenses puxam o movimento.
03 – Em Lages
já tivemos ou temos uma lei:
AUTORIZA O CHEFE DO PODER PÚBLICO A FIRMAR CONVÊNIO COM A FUNDAÇÃO
FARROUPILHA.
Eu, Paulo Alberto Duarte, Prefeito do Município de Lages, comunico a
todos os habitantes deste Município, que a Câmara de Vereadores aprovou e eu
sanciono a seguinte lei:
Art. 1º - Fica o Chefe do Poder
Executivo Municipal, autorizado a firmar convênio entre a Prefeitura Municipal
de Lages e a Fundação Farroupilha, objetivando ajuda financeira, para que a
mesma possa se inteirar aos estudos e pesquisas sobre a História da revolução
Farroupilha.
Art. 2º - Esta lei entrará em vigor
na data de sua publicação, retroagindo os seus efeitos a 01/8/86, revogadas as
disposições em contrário.
Lages, 17 de setembro de 1986.
Paulo Alberto Duarte
Prefeito
Qual é essa fundação? Quem fez parte? Existe
formalização? Este convênio ainda é possível? Estou pedindo informações mesmo.
04 – Muitos
músicos e artistas catarinenses trabalharam bastante nesta semana em outros
eventos, em outras cidades ou produzindo seus eventos. E os músicos gaúchos muito mais, basta ver as
programações dos outros lugares.
05 – A alguns
anos atrás um grupo de abnegados tentou retomar e fez grandes eventos, tem-se
registro de tudo isso, foram ricos momentos. Será que estamos dispostos a nos
mobilizar de novo? Conto também com as pessoas que participaram. A minha
conclusão é que temos sim pessoas, conhecimento e força para fazer, temos é que
buscar alternativa para fazer. Sozinhos, separados não fazemos nada.
06- Sobre
a contestação de alguns que Lages não tem nada a ver com a Semana Farroupilha a
história fala por si. Quem é da área cultural tem que conhecer a história de
seu lugar.
07 – Temos
que levar em conta a situação financeira das pessoas e do país, hoje
dificilmente ter-se-ia recursos para fazer um grande evento o que demandasse o
pagamento de ingressos pela maioria da população. E eventos gratuitos ao
público tem custos.
08 – A chuvarada,
as constantes divulgações de previsões catastróficas tiveram muito mais
destaque que a divulgação dos poucos eventos que foram realizados. Mais isso
talvez jamais mude em nossa cidade devido ao trauma que foi (também passei
pelas perdas), então que vai fazer um evento em Lages tem que aumentar o risco
caso tenha previsão de chuva, se granizo ainda pior, mais agora temos que ter
no radar.
Por fim, deixo aberto a sugestões, críticas pois
claro também fui cobrado bastante mais temos limitações para fazer mais e creio
que não será o entendimento de uma pessoa, um CTG, uma produtora, um artista ou
somente a mobilização de órgãos públicos que fará em 2016 termos um cenário
diferente. Todos do meio tradicionalista, nativista, cultural devem se sentir responsáveis pelos nossos eventos culturais coletivos,
A Revolução Farroupilha teve um forte sentimento
coletivo, articulação e ação, valores que deixaram legados venerados até hoje.
Éder Goulart – 20/09/2014
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